Conhecidos como adidos, profissionais são selecionados pelo Ministério da Agricultura e possuem a função de abrir os mercados internacionais aos produtos agrícolas brasileiros
Com a medida, governo espera ampliar canais e a presença do agro nacional na Europa.
Foto: Eduardo Monteiro/Divulgação / Estadão
BRASÍLIA - O presidente Jair Bolsonaro autorizou a expansão da rede diplomática brasileira dedicada ao agronegócio, uma de suas principais bases eleitorais. Por decreto, o presidente ampliou de 25 para 28 o número de adidos agrícolas do País no exterior, uma demanda do setor.
O aumento do número de adidâncias dedicadas ao agronegócio valerá a partir de 2021. Os novos postos não foram informados. Os adidos passarão a ter um prazo de quatro anos contínuos de missão no exterior. Atualmente, eles permanecem por dois anos, renováveis por mais dois.
Os adidos agrícolas são profissionais selecionados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para trabalhar junto a embaixadas brasileiras no exterior, com objetivo de abrir mercados aos produtos brasileiros e acompanhar a regulação do setor, como a imposição de barreiras fitossanitárias.
De acordo com a Secretaria-Geral da Presidência, haverá também um aperfeioçamento nas regras de seleção dos servidores do ministério e entidades vinculadas para a função. O decreto com as mudanças será publicado nesta quinta-feira, dia 15, no Diário.
No mês passado, a ministra Tereza Cristina promoveu um encontro com 22 adidos agrícolas brasileiros e anunciou a criação de três postos neste ano, em Paris, na França, Berlim, na Alemanha, e Camberra, na Austrália. Segundo o governo, a escolha dos países se deu pela relevância deles no mercado agrícola mundial e por sediarem organismos internacionais como a Organização Mundial da Saúde Animal e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Além disso, o governo espera ampliar canais e a presença do agro nacional na Europa, no momento em que o acordo entre o Mercosul e a União Europeia enfrenta resistências - parte delas atribuídas pelo Itamaraty ao protecionismo de produtores rurais europeus.
Fonte: Terra
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