Por Sãmella Martiniano
A manhã do dia 07 de abril parecia normal em Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, as crianças saíram de suas casas e se despediram de suas famílias para ir à escola.
Na Escola Municipal Tasso da Silveira, doze destas crianças tiveram suas vidas e sonhos interrompidos e suas famílias ficaram marcadas pela dor da perda.
O autor dessa chacina chama-se Wellington Menezes de Oliveira e o motivo da crueldade não sabemos ao certo, já que ele teve um trágico fim.
Tímido e de hábitos estranhos, como foi descrito, o jovem rapaz pode ter sofrido um mal que muitos já sofreram, ou sofrem, especialmente nas escolas: o BULLYING.
Muitas escolas, em todo o mundo, já discutem o tema com os alunos em sala de aula reconhecendo que a violência está presente e, se aliada ao desequilíbrio mental e a falta de orientação, poderá alimentar um perigoso desejo de vingança contra os colegas.
O BULLYING pode deixar marcas para o resto da vida e não é só em quem prática, mas naqueles que dela são vítimas.
O que parece ser uma brincadeira inocente, como piadinhas e apelidos, pode acarretar sérias conseqüências interferindo na auto-estima, concentração e motivação para os estudos.
A importância de abordar esse tema nas escolas cresce a cada dia e reconhecendo essa realidade, a professora de Cidadania, Ellen Mendonça, da E.M.E.F. Nossa Senhora de Nazaré, em Nova Mutum – Paraná, está desenvolvendo em sala de aula, com as turmas do 7º ao 9º ano, uma atividade didática chamada CONFLITOS E RESOLUÇÕES, criada para introduzir o tema BullyIng.
Na entrevista que nos cedeu, a professora explicou o motivo da atividade: “Resolvi trabalhar esse tema com a turma devido às situações próprias da sala de aula, nos intervalos, algumas situações de conflitos que eu percebia nas turmas”.
A aula tem como objetivo fazer com que os alunos percebam que os conflitos existem e que a resolução ocorre através de diálogo.
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