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INCLUSÃO SOCIAL: O CAMINHO PARA A TRANSFORMAÇÃO

Por Sabrina Matiello



Joelmir



Durante muito tempo lutamos para tornar a sociedade um lugar viável à convivência de todas as pessoas e a inclusão social é uma ferramenta favorável à integração dos indivíduos que, às vezes, não tem as mesmas oportunidades que outros por apresentar alguma necessidade especial.

O emprego pode ser considerado um mecanismo de inserção social e para assegurar a admissão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho, criou-se em 1991 a Lei 8.213, que obriga as empresas com mais de cem empregados a preencher de dois a cinco por cento de seus cargos, com beneficiários reabilitados ou portadores de deficiências habilitados.

Na Unidade Demonstrativa de Aprendizado de Manejo Ambiental (UDAMA) do Observatório Ambiental Jirau tem um colaborador exemplar que é Portador de Necessidades Especiais (PNE), o Joelmir Aguilera da Silva. Em entrevista, os colegas de trabalho de Joelmir, Elisandra da Silva e Rafhael Duarte Barcelo, relataram que pessoas em condições especiais, ao ingressar no mercado de trabalho, se desenvolvem através das relações interpessoais e se mos­tram capazes de assumir cargos e contribuem efetivamente para o desenvolvimento das empresas onde trabalham, pois se manifestam sempre dispostas a enfrentar novos desafios.

De acordo com o Censo de 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mais de 45 milhões de brasileiros relataram ter algum tipo de deficiência, ou seja, quase 24% da população. O resultado divulgado pelo censo mostra o tamanho do desafio de dar uma vida digna a milhões de brasileiros.

Mas se existem vagas, porque não estão sendo preenchidas? As empresas encontram dificuldades para completar as vagas destinadas aos PNEs, pois, na maioria das vezes o candidato possui baixa escolaridade ou não possui qualificação adequada exigida para o cargo. Outro entrave é que a maioria possui condições financeiras precárias e tem medo de perder o Benefício de Prestação Continuada (BPC), da Previdência Social, no valor de um salário mínimo.

Conforme relato da supervisora de responsabilidade social, Cristiane Ditadi Tessaro, da Construção e Comércio Camargo Corrêa, atualmente 258 pessoas com deficiência fazem parte do programa de inclusão social chamado “não é a preparação para a vida, é a própria vida”. A empresa encontrou dificuldades no início do programa, devido à grande demanda do mercado e a falta de pessoas disponíveis em Porto Velho, fazendo com que o recrutamento ocorresse também em outros estados. Para concorrer às vagas disponíveis, os candidatos devem comparecer no SINE para fazer inscrição no banco de dados e participar do processo de pré-seleção.

Os benefícios são notáveis para ambas as partes: a empresa lucra, diminui os encargos fiscais, cumpre seu papel social e conscientiza sua equipe de trabalho. E o colaborador pode contribuir com a renda familiar e sentir-se realizado profissionalmente.

A transformação dessa dura realidade deve partir de nós, através da mudança de pensamento, combate ao preconceito e incentivo à equidade social.

Por meio da inclusão social as pessoas com diferenças se tornam iguais.

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