Por Andressa Rocha
BR-364 Jaci Paraná
Geralmente, o período de chuva na região norte do país é de janeiro a maio. No entanto, este inverno, iniciou no final de dezembro e as águas do Rio Madeira começaram a subir.
Na segunda quinzena de fevereiro, o nível das águas de um dos afluentes mais importantes do Rio Amazonas, o Rio Madeira, subiu espantosamente e chegou à cota de 18,01 metros, resultando na maior enchente dos últimos 50 anos, que marcou 17,52 metros. E, em março, o nível das águas chegou aos 19 metros.
Além da região vivenciar o seu período chuvoso, o SIPAM (Sistema de Proteção da Amazônia) afirma que as chuvas em Rondônia pouco influenciam na cheia do Rio Madeira, a elevação da cota se deve aos temporais no sul do Peru e na Bolívia.
Mais de 2.000 famílias foram afetadas pela cheia do rio até o momento do fechamento desta matéria, 14 distritos estão alagados e 04 municípios decretaram situação de emergência, incluindo a capital. O Rio Araras transbordou deixando as localidades de Guajará-Mirim e Nova Mamoré isoladas, resultando na falta de alimentos, água potável, gás de cozinha e gasolina. E para suprir essas necessidades, a Defesa Civil, com o apoio da 17ª Brigada de Infantaria de Selva, faz assistência via aérea através do GOA (Grupamento de Operações Aéreas do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Rondônia) e do NOA (Núcleo de Operações Aéreas da Polícia Militar do Estado de Rondônia), com apoio de aeronaves do estado e locadas.
Em decorrência dos alagamentos, pontos da BR-364 foram interditados, segundo o inspetor Ribeiro, da Polícia Rodoviária Federal “foi por medidas de segurança mesmo, em proteção aos veículos, passageiros, e para garantir a integridade do piso (asfalto), que corre sério risco de apartar ou ceder”.
Embora, algumas pessoas acreditem que as Usinas do Rio Madeira são causadoras desta cheia, o Coronel Gregório, Diretor de Comunicação Social do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Rondônia (CBMRO), informou que não há nenhuma relação entre si. A previsão do SIPAM é que as chuvas continuem acima da média até o final de março.
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