O racismo se caracteriza por atos de preconceito e discriminação baseados em motivos raciais, seja pela cor da pele ou outras características físicas. Isso acontece quando indivíduos de determinadas raças acreditam ser superiores a outras. As atitudes racistas geralmente são intencionais e muitas vezes diminuem ou a anulam os direitos humanos das pessoas discriminadas, naquele momento.
É importante dizer que as diversas formas de discriminação, ainda são frequentes, mesmo que às vezes não sejam tão evidentes. “Já sofri preconceito. Certa vez eu estava andando na rua e um grupo de caras passou perto de mim, um deles cuspiu e disse “nojo”. Em seguida, eles saíram e ouvi alguns falando sobre o meu cabelo. Fiquei assustada e depois envergonhada por viver em uma sociedade onde ainda existem pessoas com conceitos tão primitivos”, relatou em entrevista a menor C. F., vítima de racismo, estudante e moradora de Jaci-Paraná.
No Brasil, o racismo é considerado crime inafiançável, de acordo com a lei nº 7.716, sancionada em janeiro de 1989. E, mesmo com a existência desta lei, muitas pessoas ainda sofrem com o preconceito. Todos os anos, milhares de casos são denunciados e noticiados na mídia. Pensando nisso, dois jovens do interior do Maranhão criaram um projeto baseado em fotografias, que mostram agressões verbais e outras situações de constrangimento, por que passam a população negra.
O projeto foi idealizado pelo jovem fotógrafo Rodrigo Freitas, com o auxílio da estudante Lara França. Juntos, saíram pelas ruas conhecendo as histórias e convocando a população para o protesto visual. Após a produção de todas as fotos, a exposição foi criada com o objetivo de mostrar a questão racial no Brasil. A indagação “Existe preconceito?” é o nome desse projeto que causa uma reflexão sobre o problema. “Buscar olhos para a questão racial no Brasil é minha função. Reforçar a valorização da cultura e dos costumes de nossos povos, é fundamental para que o conhecimento chegue a todos e os impasses que englobam o preconceito racial, sejam esquecidos. A luta é diária e nós estaremos sempre unidos, fortes e resistentes, lembrando sempre que a batalha é grande, mas existem braços para lutar”, disse Rodrigo Freitas, criador e idealizador do projeto.
Vale a pena conhecer a ação no link: http://projetoexisteracismo.tumblr.com/
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